No âmbito do estudo do texto poético, a turma do 9.º B deixou-se inspirar pela realidade circundante e pelos assuntos que mais prendem a atenção dos adolescentes, resultando textos como o que se segue, da autoria de Maria Pimenta.
Porque é que tem de acabar assim?
Porque é que temos de seguir a vida separados?
Tínhamos outras hipóteses,
Não tinha de acabar assim…
Tenho tantas duvidas,
Tantos porquês…
Mas não me respondes
E eu preciso das respostas,
Preciso, para seguir em frente.
Mas decidiste não me responder mais!
Não percebo porquê.
Porquê? Porque é que tinha de acabar assim?
Porque é que me abandonaste ?
As minhas perguntas e porquês não acabam,
Mas tu não me dás as respostas
De que eu tanto preciso.
Se calhar não as tens,
Pois não há resposta nem justificação para ti.
Hoje, olho para ti e vejo que já não te importas…
Eu conheci-te na escuridão e tu rapidamente me iluminaste
Mas essa luz não durou muito nas perguntas
Que hoje em dia tanto faço.
Odeio esta sensação,
estas perguntas que não me saem da cabeça.
Afinal só queria não gostar tanto de ti!
Mas percebi que não vale a pena ter perguntas
Já que não há respostas …
Não me martirizo mais …
Tenho de te deixar ir com as perguntas
Tenho imensas perguntas,
Imensas memorias,
Mas nada que um dia o tempo não apague
Pena que vai demorar
Eu? Como é que eu fico ?
Fico aqui com as perguntas,
Fico com os medos e as dúvidas,
As memórias que se tornaram feridas…
Apesar de tudo, não te julgo.
Sinto que não escrevi tudo o que queria
Pois na minha cabeça só passam as perguntas
E no coração sinto um vazio, uma frieza …
O que não começa, não acaba …
Infelizmente, nem tudo tem um final feliz
como os que eu sonhava em criança…
Maria Pimenta, 9.º B
